sábado, 31 de julho de 2010

Rotina e Inércia


Acorda. Levanta. Escova os dentes. Come. Trabalha. Lê. Estuda. Ouve. Faz. Vai. Dorme.
E os dias se passam da forma mais mecânica e imperceptível que poderiam acontecer.
É muita informação, muitas metas a serem alcançadas, muitas tarefas a cumprir. Não há tempo para viver, de fato, a vida que vivemos.
A não ser que um risco de deixar de vivê-la passe por nós.
E a rotina, o processo, a mecânica não faz mais sentido não é mais atrativa.
Surge a vontade de parar, de interromper essa repetição, não para alterar seu percurso, mas para entrar e permanecer na inércia.
Rotina e inércia. Duas coisas que quando conquistadas é difícil de deixar, mas que quando se deixa é difícil de superar.
É a inércia que descobre a mágica da rotina. Ela desvenda o que cada hábito possui de construtivo, de singular e viciante.
Da mesma maneira, é a rotina que faz da inércia um refúgio acalentador e envolvente.
Rotina e inércia. As duas não podem co-existir, tampouco podem reinar solitárias.
Uma com a outra não existe.
Uma sem a outra é ameaça, perigo iminente de destruição.

Um comentário:

  1. Concordo, literalmente, uma sem a outra é ameaça, boas palavras...
    até.. e parabéns!

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